
Por Marketing Ninecon
A humanidade vive um período de intenso desenvolvimento de sua tecnologia desde o fim do Século XVIII, quando teve início na Inglaterra a Primeira Revolução Industrial, com o surgimento da máquina a vapor, das primeiras indústrias e do crescimento da população urbana em detrimento do modo de vida rural. Esse processo se intensificou com o advento da Segunda Revolução Industrial, responsável por nos apresentar o motora combustão e o valor que o petróleo teria no desenvolvimento das indústrias, e por introduzir a eletricidade como recurso essencial para a raça humana, além disso, presenciamos o surgimento e consolidação das grandes indústrias. Décadas depois, tivemos a Terceira Revolução Industrial, surgida no período posterior às grandes guerras e responsável por começar a direcionar o protagonismo do nosso desenvolvimento do mundo industrial para a Economia do Conhecimento, é o início da Digitalização, da Internet e da Automação de Processos. E agora, noSéculo XXI, estamos testemunhando a olhos vistos o surgimento de uma QuartaRevolução Industrial e a Hiperautomação tem tudo a ver com ela.
A Quarta Revolução Industrial aprofunda o que o ciclo anterior nos trouxe e tem como uma de suas marcas a“fusão” entre elementos da vida real com o mundo digital, que leva a humanidade a gerar e processar dados a níveis inéditos os quais geram a informação necessária para a ascensão de tecnologias como a robótica, a big data, aInteligência Artificial e a Internet das Coisas. Vemos isso de forma prática em nossa vida cotidiana com a internet se tornando cada vez mais uma parte orgânica da nossa rotina desde o trabalho home office até as dezenas de serviços dos mais diversos setores disponíveis em nossos smartphones por meio de simples aplicativos. O impacto dessa onda de tendências alcança de forma direta o mundo corporativo, e a tecnologia passa a ser capaz de oferecer soluções que utilizam a Inteligência Artificial, o Machine Learning e o RPA (Robotic Process Automation) para viabilizar a automação de qualquer fluxo de processos empresariais, permitindo, dessa forma, a redução da necessidade de intervenção humana em tarefas de baixo valor agregado, levando a produtividade das organizações a um patamar impensável há poucos anos. Portanto, a Hiperautomação pode ser definida como a automação que já conhecíamos, porém, potencializada pelas possibilidades trazidas pela Quarta Revolução Industrial.
Por todo esse contexto, a empresa de consultoria Gartner definiu, em 2019, a Hiperautomação como a maior das tendências tecnológicas para a próxima década. Em comunicado, Fabrizio Biscotti, vice-presidente de pesquisa da companhia, afirma: “A hiperautomação passou de uma opção para uma condição de sobrevivência”, e complementa: “As organizações exigirão mais TI e automação de processos de negócios, uma vez que elas estão sendo forçadas a acelerar os planos de transformação digital no mundo pós-COVID-19”. A consultoria também prevê que o mercado de software para Hiperautomação irá alcançar a expressiva receita de US$ 596,6 bilhões apenas em 2022, conforme o artigo do Portal Computer World publicado no último mês de maio.
Neste cenário, as organizações encontram no conceito da Hiperautomação o caminho ideal para impulsionar de forma sensível a eficiência e a produtividade de suas operações, levando a automação ao cerne de seus processos. Nesse sentido, a intervenção humana passa a ser exigida onde realmente importa, em trabalhos mais criativos e com maior valor agregado, sem a necessidade de exposição a tarefas repetitivas as quais ficarão totalmente à cargo de um Bot alimentado pela Machine Learning e pelo Big Data. Além disso, por envolver um mapeamento mais robusto dos processos e suas nuances, essa tendência impulsiona o nível de Inteligência Empresarial ao fornecer dados mais completos que contribuem para uma melhor tomada de decisão e um melhor gerenciamento de recursos por parte das lideranças empresariais contribuindo diretamente para o surgimento e manutenção de companhias mais ágeis e adaptáveis às mudanças constantes dos nossos tempos atuais e, por isso, diante dessa introdução, não é exagero dizer que ainda ouviremos muito a respeito da Hiperautomação!